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No Maranhão, nunca um senador  conseguiu romper com uma das práticas mais atrasadas da nossa política: a dependência total do Palácio dos Leões para chegar ao Senado.

Senador não é eleito, é arrastado!

Nunca elegemos um senador por mérito próprio, por histórico de trabalho ou por representar verdadeiramente o povo. Todos, sem exceção, foram “rebocados” por um governador eleito ou por quem liderava a disputa ao governo no primeiro turno.

Até o Piauí já superou o Maranhão nesse aspecto. O atual senador Ciro Nogueira se reelege, sem precisar se submeter à sombra do governador Rafael Fonteles — que, inclusive, tem caminho aberto para a reeleição. Lá, senador tem voto próprio. Aqui, ainda depende de bênção de governador.

Em outros estados, senadores são reeleitos porque entregam resultados, representam suas bases e impõem respeito até aos governadores. No Maranhão, não. Aqui, o Senado ainda é um cargo “ório” da chapa majoritária.
É triste, mas é a realidade.

Aqui os postulantes viram as costas para o eleitorado e pregam abertamente ser candidato do Presidente, ou do governador, uma forma “elegante” de dizer que não precisam de mais ninguém!

Os senadores maranhenses não se esforçaram para mudar esse cenário. Não se aproximaram da população, não mostraram a importância do cargo, não se tornaram independentes nem relevantes. Agora, de olho na reeleição, dependem exclusivamente de alianças políticas — porque trabalho, infelizmente, não foi suficiente para garantir protagonismo.

E quando senadores não lutam para romper com esse atraso, pagam o preço. Mas o custo maior não é deles — é do povo.

É o povo do Maranhão que perde quando as três cadeiras do Senado viram moeda de troca. É o povo que sofre quando esses mandatos de altíssima estatura são tratados como prêmio de consolação, e ninguém sabe sequer quem são ou o que fazem os senadores que deveriam representar o estado no Congresso.

Em casos como o do roubo aos aposentados, nenhum senador saiu em defesa da população, eles só precisam do Palácio. 

Em 2026, o Maranhão terá a chance de mudar isso — e essa escolha, mais do que nunca, precisa ser consciente. Torço para que tenhamos um vez em toda a história, um único senador eleito pelo povo!